Depois como em qualquer ilha tropical, a comida é fantástica, as pessoas são simpáticas, o mar é divinal e o repouso é absoluto. Absoluto mesmo, porque fartinha de ler ocupei-me a tirar fotos a mim mesma e algumas à Shelina (ok, só uma!)... Cheguei mesmo a pensar que estava a enlouquecer!!! Por fim, os famosos lemurs!!!! Assim que entramos no parque, entrei em pulgas. Parecia uma criança do jardim escola a fazer a sua primeira visita de estudo. Toquei em todos os lemurs que me era permitido, tirei muitas fotos e superei a tentação de meter um lemurzinho na minha mochila e levá-lo para casa.
Fiquei a saber que Lemur deriva da palvara latina Lemures e significa "espírito da noite" ou "fantasma" e que só habitam na ilha de Madagascar. Eram em tempos 50 as espécies existentes, das quais muitas já se extinguiram e as restantes 15 estão em vias de extinção. A Shel estava mais fascinada com os camaleões. Esta miúda adora répteis... Queria tirar fotografias a toda e qualquer espécie e fugir dos lemurs a sete pés... TRENGA! E depois houve um momento alto nesta visita: as tartarugas. Eu nunca consigo encontrar palavras para descrever estes momentos. Simplesmente adoro-as. Bem... depois seguiu-se a passagem do ano! E esta foi uma noite hilariante. Aqui as meninas, à boa maneira portuguesa, aperaltaram-se todas para a grande noite. Confesso que não foi com qualquer tipo de esperanças de encontrar a cara-metade perdida naquela ilha. Seria um bocadinho dificil já que o nosso hotel, que se encontrava numa zona erma e isolada da civilização, estava povoado de famílias e "velhotes". Bem, quando saímos do quarto e vimos todo aquele povo vestido de calções de banho e havaianas apeteceu-me gritar mas consegui manter o nível e lá fui eu, de sapatinho novo para o salão de dança!!!
Já com uns copitos a mais, ainda nem eram dez horas da noite, conhecemos um casal super simpático, ela americana e ele francês. Acho que foi a nossa salvação naquela noite porque eram os únicos que tinham mais ou menos a nossa idade e que também se sentiam "diferentes" dos restantes hóspedes.
Um dia depois estávamos de partida para Nosy Be, uma ilha mais turística, onde ficamos alojadas num resort de luxo junto à praia e que confesso-vos que, mesmo com uma companhia masculina mais apropriada, não ia gostar nem mais nem menos. Nem a massagem, ao som das ondas do mar foi relaxante, já que fui atacada por mosquitos a toda a hora graças ao óleo adocicado que me espalharam pelo corpo.
Acabei os meus dias a gastar energias nos tapetes rolantes do ginásio do hotel e a ler longas horas junto à praia na companhia da minha grande amiga Shelina. No dia da partida para Moçambique, o voo atrasou-se graças a um ciclone que passava pelo estreito de Moçambique. Chegamos a Johannesburgo impossibilitadas de viajar para casa nesse mesmo dia e passámos a noite num quarto de hotel do pior aeroporto do Mundo, a rir à gargalhada das peripécias que vivemos durante as nossas curtas mas memoráveis férias na terra dos lemurs! Nada como começar o novo ano, sem seguir a tradição, esquecer os 12 desejos, rir à gargalhada, estar com alguém importante, apagar o passado e deixá-lo repousar nos ventos ciclónicos do estreito de Moçambique!
1 comentário:
Lindo, lindo...a viagem e a amizade! Adorei e acho que escreves melhor e com mais sentimento que o Gonçalo Cadilhe!!! acho que se mandares para o Expresso ainda te contratam!
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