Tomei a decisão de vir embora num acto de espontaneidade como tantos outros que têm caracterizado os últimos anos da minha vida. Sabia que estava na altura de deixar África. Esta decisão foi tomada no topo do Kilimanjaro e sei que, no momento, um turbilhão de coisas passaram pela minha cabeça: uma mistura de ansiedade, de alegria, de tristeza...
Moçambique foi um país que me acolheu tão bem. Fiquei hipnotizada e apaixonada também. Construí uma vida sozinha mas não solitária. Quebrei tabus e fiz crescer novas crenças. Mas também foi onde percebi que não ter com quem partilhar isto tudo pode ser demasiado para nós.
Esta terra entanha-se em nós. Esta terra cansa os que não são de cá mas também nunca mais os larga!
Sei que vou na altura certa. Se não o fizer agora talvez nunca mais saia daqui e eu gosto de correr mundo. Sei que a raíz fica bem presa às entranhas de África e que delas jamais me vou libertar!
Até breve!
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