19 janeiro, 2006
18 janeiro, 2006
Apresento-vos a Laurentina!
Não comecem já com os comentários do tipo:
- "mas que nome estranho, comprido... feio". Tudo tem uma explicação!
Como gata moçambicana, selvagem e nascida em Maputo, só podia ter este nome fantástico... Laurentina(o) não só significa pessoa proveniente de Lourenço Marques, como também é o nome da cerveja orgulhosamente moçambicana.
Esta moçoila, com o seu ar traquina, andava a vaguear nas ruas da cidade, mais precisamente na esplanada da pastelaria "Pérola de Maputo", a vender-se a todos por umas migalhas... Não resisti e trouxe-a para casa.
Agora já tem um lar e uma grande família... porque todos morrem de amores pelos seus frescos ares!!! E "por supesto", o orgulho da "mamã"... a minha companhia fiel, de todos os meus dias, nesta aventura chamada África!
Martinho da VIla
O desespero é tanto que quando a fome aperta até com as mãos se come!!!
Acabadinha de chegar do meu lugar favorito em Moçambique, a Ilha, fui ver um concerto memorável de Martinho da Vila, no estádio da Machava, nos Maputo, em plena capital de Moçambique. Sim memorável, porque aqui são raríssimas as excepções de um acontecimento que move multidões para ver um artista não Moçambicano.
Foi lindo! Chegamos cheiinhas de fome mas tivemos que ir muito cedo, sob a ameaça de fecharem as portas do estádio. Uma vez lá dentro, rezamos por umas bifanas e umas águas bem fresquinhas... em vez disso tínhamos pratadas de frango assado com chima (puré de farinha de mandioca, delicioso!) e salada e umas cervejolas quase a escaldar. Pratadas e não garfadas... talheres nem vê-los! Comemos à mão, pois claro!
O concerto foi animado, o Martinho está em grande forma e recomenda-se e nós, para não variar, passamos o tempo todo nas palhaçadas!
Memorável!!!
P.S. Fiwipa, endireita as costas!!!
17 janeiro, 2006
O milagre
Esta tenho de vos contar…
Foi há quase 3 meses atrás e sei que me vai marcar até ao resto dos meus dias…
Saudade...
Uma distância longínqua num olhar aventurado;
Vivendo momentos tristes e alegres do passado;
Numa esperança constante sob um sol apaixonado;
Vagueio minha alma perdida no mundo amargurado;
Sorrindo às águas profundas de um oceano imenso;
Soltando memórias ao vento sob um calor intenso;
Lutando apaixonada onde leva o pensamento;
Derramo lágrimas saudosas pelo sentimento;
Sentindo momentos perdidos de mistério e verdade;
Mergulho neste sonho profundo, destemida e com saudade.
07 janeiro, 2006
Regresso a Maputo
Depois de uma viagem bastante irritante de 10 horas dentro de um avião, eis que aterro no Aeroporto Internacional de Maputo, que de internacional não tem praticamente nada.
Na minha primeira chegada a este lindo país tive a mesma impressão que a segunda, a terceira... e provavlemente terei sempre que aqui chegar: a polícia alfandegária não tem o mínimo de escrúpulos e nenhuma noção de hospitalidade e simpatia. Desta vez resolveram implicar com a minha gata e foi preciso a intervenção de um amigo advogado para sanar o acontecido!
Depois o calor, já não me lembrava deste ar quente e grudento... que bom!
Cheguei a casa, finalmente. E tinha um presente na cozinha: um saco cheio de molho preto e muitas larvas à mistura... bãh!!! Limpei, limpei, limpei... Quando terminei e quis tomar um merecido banho, não havia água porque estavam a arranjar uma conduta... fantástico. O que mais iria acontecer neste meu regresso?
Fui ao frigorífico buscar um sumo bem fresquinho e pimba... uma cabeçada na porta. O galo cantou nessa noite!
Como se não bastasse, o ar condicionado do avião e a diferença de temperatura trouxe-me uma gripe valente que me pôs de cama 2 dias.
Isto promete!!!